margaridas

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SER VERTICAL

Ser antes de tudo

o que se quer.

Não parecer o que se não é.

Ser afinal cada qual

quem é.

Ser sempre o que se deve ser.

Vertical.

Inteiro.

De pé.

Maria Emília Costa Moreira

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sexta-feira, 27 de setembro de 2013

FIM DE TARDE




Até que subitamente o sol se foi
As serras permanecem devoradas pelas brumas

E como cordas ininterruptas a chuva cai
em violinos que começam a tocar a canção
melodiosa e ritmada do fim de Verão

Com lágrimas coloridas de saudades
os cabelos das árvores ficam ainda mais verdes

Os pássaros espantados tontos e fartos de cantar
são ouriços frenéticos num constante esvoaçar

Até as flores abrem as asas e voam
desfeitas em pétalas frescas e airosas

As maçãs vermelhas cheiram com espanto
nos olhos tamanhos as sebes de rosas

Por  instantes o sol sorri amarelento
As cores do arco-íris abrem-se como uma bandeira
entre o céu a serra e a ribeira
numa dança infinitamente breve e derradeira

 "in POIESIS Editorial Minerva

sábado, 14 de setembro de 2013

ARTE NO ESPAÇO




( acrílico s/ cartolina 50x70)

E para continuar no "espaço" deixo-vos três fotos da lua e um poemazito insignificante...para ver se ganho ânimo e coragem para continuar com os blogs. A todos os amigos, agradeço as visitas e comentários. Espero começar a visitar-vos, embora lentamente...

POEMETO À LUA


Ando a espreitar a lua
noite adentro.
Redonda, clara e nua
vem descendo lentamente…

e a corda ali tão perto
a atravessar a rua!

A noite um pouco sombria
tornou-se alva, brilhante!
E a lua equilibrista
dança, rebola, assim roliça,
faz lembrar uma mestiça
na arte de encantar!

Eu, que a ando a espreitar,
por certo não terei jeito
de fugir ao seu feitiço
e, fico presa…a cismar!