margaridas

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SER VERTICAL

Ser antes de tudo

o que se quer.

Não parecer o que se não é.

Ser afinal cada qual

quem é.

Ser sempre o que se deve ser.

Vertical.

Inteiro.

De pé.

Maria Emília Costa Moreira

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segunda-feira, 5 de setembro de 2011

NOCTURNO

No seio da noite

Ouve-se o mocho a piar.

A coruja na torre

E um cão ao longe

Muito longe nos quintais

A uivar.


No riacho de águas

Negras, banhadas de luar,

Ouve-se de quando

Em quando as rãs

A coaxar.


E nos pinhais

Que o vento faz chiar,

A ramaria zomba

Da noite e do som

Lúgubre que sai

Da terra.


E o homem na choupana

Tremendo de medo

Não se atreve

A contemplar a noite,

Uma noite de luar.


4 comentários:

  1. Que lindo, Emilia.
    No breu da noite é que o silêncio nos permite ouvir os ruídos mais instigantes, aqueles que parecem vir de fora, mas nascem dentro de nós.
    Ótima segunda-feira para você!

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  2. Ótima criação! - Parabéns! - Abração

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  3. In the silent night comes all the sounds out, a beautiful poem and a perfect picture!

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  4. You are a great artist. I like your work very much. Thank you for sharing.

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