No velho casario cinzento da beira-rio
Lodoso sujo gasto escuro
Um tanto misterioso e indolente
Vive – melhor diria –
Vegeta ali muita gente
Velho casario negro ribeirinho
As águas verde-escuro escorrem devagarinho
Pedras reluzentes
Calçadas ensebadas
Os miúdos seminus
Dormem no chão
Ao abrigo das arcadas
Casas da beira rio têm a pobreza a habitar
E as varandas coloridas com roupas a secar
Ruas estreitinhas e com escadinhas
Cor de verde –mar
E no ar o cheiro a podridão
Às portas nas esquinas
Vagueiam as tristes
Perdidas na escuridão
Rio da Fonte,17 de Outubro 1974
Beautiful pictures, I like it
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