No tempo em que acreditava
Na existência do príncipe
Que viria desencantar-me,
Os sonhos eram coloridos
E o despertar incendiado por flechas de oiro
A entrar pela janela.
No tempo em que esperava
Um amor eterno,
A maldade do mundo
E a crueza dos dias
Atormentaram-me a mocidade,
E desfez-se em nada esse acreditar.
No tempo em que vivo,
Toco as flores,
Olho o mar sem fim,
E procuro no azul sereno do entardecer,
Alento para prosseguir
Na invenção de cada hora de vida
Ainda por florir.
Rio da Fonte, 2007
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