margaridas

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SER VERTICAL

Ser antes de tudo

o que se quer.

Não parecer o que se não é.

Ser afinal cada qual

quem é.

Ser sempre o que se deve ser.

Vertical.

Inteiro.

De pé.

Maria Emília Costa Moreira

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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

GRITO DE RAIVA

Como dói a dor sofrida

na solidão

Sem astros sem guias

sem ombro amigo

sem afago de mãe


Como o medo tece torturas

infinitas

Sem sono sem estrelas

num leito articulado e branco

engolindo mistelas


Como corre o olhar

sobre as horas

Como lateja o coração

nos pulsos

Como os sonhos povoam

um corpo mutilado

que tenta arrancar harmónica beleza

num leque de cicatrizes


Como dói morder o grito de raiva

na crispação fria dum sorriso

procurando encontrar

em cada esquina da vida

um paraíso


6 comentários:

  1. Uma dor imensa... um canto.... se somos um objeto que seja um objeto que grite. Lindo poema. Tudo cabe em uma poesia, por isso ela é sagrada.

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  2. Estes são os verdadeiros gritos de dor.
    Todos já provamos um pouco desta dor e nunca saberemos o futuro.
    Que Deus nos dê a coragem de os superar e que fique de memória esse sorriso tranquilo.

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  3. A wonderful poem and a great picture. Beautiful work.

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  4. Agradeço, sensibilizada, a visita e os comentários. Um resto de semana feliz para todos.
    Até sempre.
    Maria Emília.

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