Não me perguntem donde venho eu
Se da terra
Se da terra
Se do mar
Venho de um tempo distante
Estou cansada de esperar
Não me perguntem quem sou eu
Se barco parado em maré horizontal
Se ave ferida
Se fogo outonal
Se folha perdida
Se palavra morta em verso despida
Se animal à solta
Se tábua queimada
Se espada certeira
Venho de um tempo distante
Estou cansada de esperar
Não me perguntem quem sou eu
Se barco parado em maré horizontal
Se ave ferida
Se fogo outonal
Se folha perdida
Se palavra morta em verso despida
Se animal à solta
Se tábua queimada
Se espada certeira
Se fonte
Se água
Se fruto silvestre à beira da estrada
Se rio nascendo
Além na montanha
Se flor
Se deusa
Se mortal
Se nada
Não me perguntem quem sou eu
Não me perguntem nada
Rio da Fonte, 3/1977
Se fruto silvestre à beira da estrada
Se rio nascendo
Além na montanha
Se flor
Se deusa
Se mortal
Se nada
Não me perguntem quem sou eu
Não me perguntem nada
Rio da Fonte, 3/1977
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