Olhar o mar
cheio de brancas velas
a pincelar de luz
o horizonte azul
Silenciar a tarde
na procura da palavra exacta
para selar
estes viscosos instantes
impregnados da quentura solar
e do beijo refrescado
pelo vidro das águas
Pastorear a alma
enxameada pela solidão
no fundo das noites salpicadas
de estrelas
Desfalecer na fugaz labareda
com as mãos de pássaro
sobre o corpo tenso
e aceitar a partida sem regresso
na espiral do tempo
Leça da Palmeira, 2 de Junho de 2006
Maria Emília Costa Moreira
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