Tantos graus negativos!
As mãos arrefecem o papel.
A lareira acesa
acende milhões de quimeras
e molda perfis de penumbra,
na poesia da sala adormecida
nas alfombras.
O frio chega aos ossos da alma
e propaga-se pelas veias,
em novelos de tormento.
E não há lenha que chegue
para queimar o perfume das flores
do pensamento.
Rio da Fonte, 1/1/1999
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