límpida e tranquila
de face vidrada
À noite o lago é de sonho
apenas a aragem embala
a folhada
Não quero palavras
Não quero ruídos
Lá bem longe a ténue melodia
do sonho de uma noite de Verão
Sabe bem estar só
no meio de uma multidão de estrelas
Sentada as pernas baloiçando
os pés esticados tocam o vidrado
que se rompe então
Não quero que toques o meu ombro
Não quero que beijes o meu cabelo
Apenas o silêncio musical da solidão
Rio da Fonte, 15 Dezembro 1976
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