Havemos de encontrar o lago azul,
de mil transparências impregnado.
E o bosque filtrado de verde-luz,
e nós, dois pastores olhando o gado.
Havemos de viver um sonho medievo,
buscando a paz dos deuses na paisagem.
Ao som da flauta reflorirão as rosas,
e mariposas delicadas, dançam na aragem.
Havemos de viver ledos e ausentes,
num reino etéreo e de amor cercados.
Havemos de vestir a nudez dos corpos,
de perpétuas flores campestres, deslumbrados.
Rio da Fonte, 30 de Setembro 1976
Sem comentários:
Enviar um comentário