Eis-me num país
por construir.
Pleno de febres hostis,
de misérias e de grandezas.
País onde sonhei Abril.
Mas…
E o fim das torpezas?
Na mais vil agonia
se encharca e se poluí
o meu país de Abril.
Talvez exista ainda
no reino da fantasia.
Eis-me junto a ti
não de todo sem o lume da esperança.
Levantar-te, erguer-te
desse lodaçal em que caíste,
recolher-te num leque
o conjunto mais perfeito.
Eis-me aqui!
Mas eu não sei guiar-te.
A quem souber
vai o grito deste peito.
Rio da Fonte, 18 de Maio de 1976
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