Cheiros antigos
da infância,
trazem a maceira aberta
com a massa pronta a levedar.
O odor do açafrão
e da erva-doce.
Quem trouxe este subtil
aroma para o ar?
O forno quente espera
que o imenso ventre
branco acabe de crescer.
Alinhadas, as couves galegas,
e a massa repartida
entra pela goela
ardente e rubra.
Fecha-se a bocarra
e novo odor
começa a pairar,
o das broinhas cozidas.
Quanta ternura e saudade
nesta lembrança antiga!
Rio da Fonte, 10 de Junho 2001
Emília: muito obrigada pelo poema, realmente fazer as broinhas na Páscoa é tradição que penso manter enquanto Deus me der força.
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