Lá fora a Primavera
espreita a chuva
que rega a campina,
através da janela das nuvens.
Quem passa
sacode os cabelos
molhados ao vento.
tingem as roupas escorridas.
Pinga-que-pinga…
Pinga-que-pinga…
Vão-se abrindo as bocas
de todas as flores
e enlameando-se-lhes os pés.
Os pingos saltitam
de folha em folha
como uma alegre criança,
espalhando mãos cheias de esperança.
Rio da Fonte, 15 de Maio de 1999
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