margaridas

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SER VERTICAL

Ser antes de tudo

o que se quer.

Não parecer o que se não é.

Ser afinal cada qual

quem é.

Ser sempre o que se deve ser.

Vertical.

Inteiro.

De pé.

Maria Emília Costa Moreira

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sábado, 14 de maio de 2011

HOMENAGEM A SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN

Dissemos adeus a Sophia,

no entanto ela virá cada dia:

ao lermos e relermos

A Menina do Mar”(com seu vestido de algas encarnadas,

cabelos verdes e olhos roxos)

e, que desse mar queria fugir

mas a Grande Raia a obrigou a ficar.


Dissemos adeus a Sophia,

que por alguns momentos

se ausentará para dormir a sesta.

Voltará sempre que na quinta,

Isabel e o amigo Anão passearem pela “Floresta”.


Dissemos adeus a Sophia,

enquanto ela se elevava no céu

procurando o seu Orfeu.

Refaremos todos os caminhos do “Cavaleiro da Dinamarca:”

por vales e rios, montanhas e cidades,

revisitaremos a arte de Giotto em Florença, a aquática Veneza

e o palácio do rico Mercador, de infinita beleza.


Dissemos adeus a Sophia,

mas ela continuará viva

no seu livro “Poesia”e em tantos outros

que espalhou: o “Dia do Mar”e a sua “Geografia”.


Dissemos adeus a Sophia,

visto que hoje partiu, voando pelo céu.

Porém, regressará todos os dias…ao abrirmos um livro seu.

- Até amanhã, Sophia!

Rio da Fonte, 3 de Julho de 04


Sophia de M. B. Andresen nasceu no Porto em 1919 e faleceu em Lisboa no ano de 2004.É sem sombra de dúvida um nome grande na literatura portuguesa. Escreveu poesia, contos infantis, ensaios e inúmeras traduções. O seu valor é reconhecido em Portugal, Espanha, França , Itália e Brasil. Recebeu numerosos prémios. Foi a primeira mulher a receber o Prémio Camões.

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