Hoje, escrevo versos afiados como espinhos
a coroar o cinzento do cérebro cansado.
Hoje, escrevo versos como espadas
a tingir de rubro a terra queimada de maldade.
Hoje, escrevo versos como enxadas certeiras
nas machadadas sobre o trabalho de vidas inteiras.
Hoje, escrevo versos como lâminas aguçadas
contra o mundo onde o futuro se adivinha incerto.
Hoje, escrevo versos como o granito do caminho
por onde me arrasto penitente a clamar no deserto.
Rio da Fonte, 21 de Outubro de 05
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